Fonte: Missão Venerável Maria de Agreda
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Da alegria da boa consciência.
A
glória do homem virtuoso é o testemunho da boa consciência. Conserva pura a
consciência, e sempre terás alegria. A boa consciência pode suportar muita
coisa e permanece alegre, até nas adversidades. A má consciência anda sempre
medrosa e inquieta. Suave sossego gozarás, se de nada te acusar o coração. Não
te dês por satisfeito, senão quando tiveres feito algum bem. Os maus nunca têm
verdadeira alegria nem sentem a paz interior; pois não há paz para os ímpios,
diz o Senhor (Is 57, 21). E se disserem: Vivemos em paz, não há mal que nos
possa acontecer, e quem ousará ofender-nos? - não lhes dês crédito, porque de
repente levantar-se-á a ira de Deus, e então as suas obras serão aniquiladas e frustrados
seus intuitos.
A
quem ama não é dificultoso gloriar-se na tribulação; pois gloriar-se assim é
gloriar-se na cruz do Senhor (Gál 6,14). Pouco dura a glória que os homens dão
e recebem. A glória do mundo anda sempre acompanhada de tristeza. A glória dos bons está na própria
consciência, e não na boca dos homens. A alegria dos justos é de Deus e
em Deus, a sua alegria procede da verdade. Quem deseja a glória verdadeira e
eterna não faz caso da temporal. E quem procura a glória temporal ou não a
despreza de todo, mostra que pouco ama a celestial. Grande tranqüilidade do
coração goza aquele que não faz caso de elogios nem de censuras.
É
fácil estar contente e sossegado, tendo a consciência pura. Não és mais santo porque te louvam, nem
mais ruim porque te censuram. És o que és, nem te podem os louvores
fazer maior do que és aos olhos de Deus. Se considerares o que és no teu
interior, não farás caso do que te dizem os homens. O homem vê o rosto, Deus o
coração (1 Rs 16,7). O homem nota os atos, mas Deus pesa as intenções. Proceder
sempre bem e ter-se em pequena conta é indício de uma alma humilde. Rejeitar
toda consolação das criaturas é sinal de grande pureza e confiança interior.
Aquele
que não procura o testemunho favorável dos homens mostra que está todo entregue
a Deus. Porque, como diz S. Paulo, não é aprovado aquele que a si próprio
recomenda, mas aquele que é recomendado por Deus (2Cor 10,18). Andar recolhido
no interior com Deus, sem estar preso a alguma afeição humana, é próprio do
homem espiritual.
Imitação de Cristo,
Tomás de Kempis. Livro II, capítulo 6.
Santa Missa em Betim/MG neste mês de abril.
Prezados amigos,
Salve Maria!
A Missão Sagrada
Família de Betim/MG tem a alegria de informar que no dia 30 de abril, sábado, teremos Santa Missa de Sempre em Betim/MG, celebrada pelo Padre
Cardozo.
A Santa Missa será
celebrada as 19:30h,
impreterivelmente, precedida de confissão auricular e récita do Santo Terço no
seguinte endereço: Rua Maria Geralda de Oliveira, (antiga Rua 11) nº. 274,
bairro Quinta dos Godoy, em Betim/MG. Telefone para contato: (31) 3596-5097.
Aguardamos todos
lá, com a graça de Deus.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
EXCLUSIVO: ENTREVISTA COM DOM TOMÁS DE AQUINO.
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM DOM TOMÁS DE AQUINO, OSB
INTRODUÇÃO
Conforme publicado na “grande mídia da Resistência”, Dom Tomás de Aquino, OSB, agora já bispo, esteve em Contagem/MG (Região Metropolitana de Belo Horizonte/Capital) na chamada Capela Nossa Senhora das Graças, espaço que outrora sediava a Missão Nossa Senhora das Graças, e no dia 02 de abril de 2.016, nos concedeu uma entrevista da qual passarei a escrever e comentar. Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que colocarei no papel a impressão pessoal que tive ao entrevistar o bispo, bem como nas conversas informais. Volto a dizer: esta foi a minha impressão pessoal que pode falhar, diferente de alguns renomados blogs e figuras que estão em moda que são infalíveis.
O bispo sabia que eu iria entrevistá-lo, haja vista um comunicado prévio para tanto, o que era conditio sine qua non de eu estar ali e ele sabia disso. Vou sublinhar tudo o que penso ser importante. O sublinhado não quer dizer que houve ênfase nas palavras ou frases. Os colchetes ([ ]) serão usados para indicar que aquilo que está entre eles não compõe a fala do interlocutor.
Conforme pré-avisado, este será o último trabalho deste blog a respeito deste tema (Williamson & Cia.), excetuando escândalos, motivos de força maior e ordem superior. Os motivos já foram dados.
Todos os direitos reservados. Proíbe-se a citação desta entrevista com desfoque do que nela contém. Não traduzirei para outras línguas este trabalho para não dizerem que eu mudei o sentido das palavras. Sente-se porque o texto é longo.
Foto retirada do blog "Reconquista". Se quiserem que eu retiro a fotografia é só avisar, porque eu tenho outras. |
sábado, 23 de abril de 2016
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Por que Deus permite que haja heresias na Igreja?
Mas alguém poderá dizer: Por que Deus
permite que com tanta freqüência pessoas insignes da Igreja se ponham a
defender doutrinas novas entre os católicos? A pergunta é legítima e merece uma
resposta ampla e detalhada. Mas responderei fundamentando-me não em minha
capacidade pessoal, mas na autoridade da Lei divina e no ensinamento do
Magistério eclesiástico. Ouçamos, pois, a Moisés: que ele nos diga o porquê de
vez em quando Deus permite que homens doutos, inclusive chamados profetas pelo
Apóstolo por causa de sua ciência, se ponham a ensinar novos dogmas que o
Antigo Testamento chama, em seu estilo alegórico, de divindades estrangeiras.
(Realmente os hereges veneram suas próprias opiniões tanto como os pagãos
veneram seus deuses).
Moisés escreve: “Se se levantar no
meio de ti um profeta ou um visionário - ou seja, um mestre confirmado
na Igreja, cujo ensinamento seus discípulos e ouvintes crêem ser proveniente de
alguma revelação - anunciando-te um sinal ou prodígio, e suceder o
sinal ou o prodígio que anunciou...” (Dt 13,1-2a). Certamente, com estas
palavras se quer assinalar um grande mestre, de tanta ciência que pode fazer
crer a seus seguidores, que não somente conhece as coisas humanas, mas que
também tem a presença das coisas que superam ao homem. Era mais ou menos isto
que os discípulos de Valentim, Donato, Fotino, Apolinário e outros da mesma
laia acreditavam. E como continua Moisés? “...e te disser: vamos, sigamos
outros deuses que te são desconhecidos e prestemos-lhes culto.” (Dt 13,2)
Quem são estes outros deuses senão as doutrinas erradas e estranhas? Que te são
desconhecidas, ou seja, novas e inauditas. E prestemos-lhes culto, ou seja,
acreditemos nela e as sigamos. Pois bem, o que diz Moisés neste caso? “...tu
não ouvirás as palavras desse profeta ou desse visionário” (Dt 13, 3a). Mas
eu lhes ponho esta questão: Por que Deus não impede que se ensine o que Ele
proíbe que se escute? Então Moisés responde: “...porque o Senhor, vosso
Deus, vos põe à prova para ver se o amais de todo o vosso coração e de toda a
vossa alma”. (Dt 13,3b)
Assim, pois, está mais claro que a luz
do sol o motivo por que de vez em quando a Providência de Deus permite mestres
na Igreja que preguem novos dogmas: porque o Senhor, vosso Deus, vos põe à
prova. E certamente que é uma grande prova ver um homem tido por profeta, por
discípulo dos profetas, por doutor e testemunha da verdade, um homem sumamente
amado e respeitado, que de repente se põe a introduzir ocultamente erros
perniciosos. Tanto mais quanto que não existe possibilidade de descobrir
imediatamente esse erro, posto que lhe apanha de surpresa, já que se tem de tal
homem um juízo favorável por causa de seu ensinamento anterior, e se resiste ao
condenar o antigo mestre ao qual nos sentimos ligados pela afeição. (negritos não contém nos originais)
Livro: "Regras para conhecer a fé
verdadeira - Comonitório". Autor: São Vicente de Lerins - Editora
Permanência, 2009, pág. 32 a 34.
Obs.: Há diferenças pequenas na tradução sobrescrita e a da referência bibliográfica.
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Dom Williamson e os remédios ineficazes. Mons. Williamson y los medicamentos ineficaces.
Este blog não escreve a mando do Padre Ernesto Cardozo
Abajo, en español.
“NÃO SOIS INOCENTES SE COM O SILÊNCIO PERMITIS A PERDIÇÃO DE QUEM, AVISADO, PODERIA SALVAR-SE.”
Santo Agostinho de Hipona
Prezados amigos,
Salve Maria!
Antes de adentrar ao mérito da questão, preciso fazer algumas considerações.
1ª. CONSIDERANDO que basta um giro pelos sites/blogs da dita “Resistência” (ou Desistência) para verificar que não houve (e aparentemente não haverá) mudança alguma a respeito dos últimos acontecimentos;
2ª. CONSIDERANDO que Deus, Nosso Senhor, Verdade Infalível, nos manda: “não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem”;
3ª. CONSIDERANDO que a “cereja já foi posta no bolo” e que já deram “n” explicações e considerações demonstrando os erros de Dom Williamson;
4ª. Por fim, CONSIDERANDO a desorientação diabólica instaurada e já conhecemos os motivos, este será o penúltimo texto neste blog tratando da crise na Resistência, excetuando a hipótese (não descartada) de mais um escândalo ou por ordem superior.
Inicio: É sabido e ressabido que a cada fim de semana, Dom Williamson nos “presenteia” com um texto que ele chama de “Comentários Eleison”: os famosos “Comentários Eleison”! O texto do dia 26 de março deste ano, intitulado “O legado do Arcebispo I” inicia com uma frase espetacular que basta para nos entreter: “O Arcebispo morreu, vinte e cinco anos atrás. Seus sucessores o seguiram fielmente? Não.” Não? Não mesmo. E como sabemos disso? “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”. Mas esse não é o texto do qual irei resumidamente debruçar para embasar este outro.
Este fim de semana que passou, o “grande autor anti-liberal” nos brindou com um CE intitulado “O legado do Arcebispo II” e quero me deter apenas em um parágrafo do texto enfadonho: “No momento, ao Diabo está sendo dada quase uma via livre para causar divisões (“diabolein”, em grego), e quando os católicos estão todos lutando pela salvação eterna, as divisões são freqüentemente amargas. Paciência.” (grifos meus e não do Padre Cardozo).
Bom, retrocedendo: quando toda esta confusão estava sendo engendrada, o Padre Cardozo escreve a Dom Williamson e lhe pede sensatez para evitar divisões e o último lhe responde com uma pitoresca frase:
Paciencia. El chaos está para hacerse aún peor.
Vamos a necessitar más paciência todavia.
Le envio mi bendicción,
In Christo,
+Richard Williamson.” (grifos meus e não do Padre Cardozo).
Como profeta, Dom Williamson acertou: o caos ficou pior. Como cura de almas, não! E porque não? Vamos a alusão: Pensemos num doente que vai a um mau médico. Este mau médico, então, não diagnostica a doença do paciente ou mesmo, diagnosticando a doença, ignora ou por orgulho ou sabe-se Deus por que. E então, este mau médico começa a receitar a este paciente remédios que não irão curar o doente ou mesmo que pode matá-lo. Invés de tomar consciência da doença do paciente, alertá-lo e medicá-lo, receita medicamentos alheios à sua doença, fazendo padecer o seu paciente à míngua.
Diferente não age Dom Wiliiamson, entretanto, com uma diferença: a doença (que é a confusão) no paciente (que é a Resistência) foi causada por ele mesmo. Ele causa toda a polêmica; arma, por si mesmo uma confusão tremenda; não se dá conta (ou não quer se dar conta); quando alguém lhe adverte, ele receita medicamentos diferente do necessário para a cura do caos (palavras do profeta) instaurado por ele mesmo. E qual é o remédio receitado pelo Bispo? Paciência... Paciência para que? Paciência para ver “o caos ficando pior”, nas palavra proféticas dele mesmo? E não bastando paciência, diz que “Vamos a necessitar más paciência todavia”. Não, meu senhor! Não precisamos de paciência! Precisamos de reação de Vossa Excelência e retratação! Precisamos de humildade para que CADA UM QUE ERROU reconheça os seus erros e bata no peito um mea culpa! Da mesma forma que o médico faz um juramento, o padre e mais ainda, um bispo (!) também o faz. E juramentos foram feitos para serem cumpridos.
É interessante notar que o primeiro passo para a regeneração do filho pródigo é o reconhecimento do mal que fez contra Deus e contra o seu venerável pai e a partir de então sai em busca de consertar o mal-feito. Imaginem vocês, o filho pródigo caindo em si e verificando a besteira que havia feito, pensasse consigo mesmo: Paciência... o caos há de ficar ainda pior...
Chega! E é por isso que este é o penúltimo escrito deste blog sobre toda esta barafunda! Desculpe-me a expressão, mas já deu o que tinha de dar. Já passou da hora de dar um basta nesta questão e seguir a vida! E repito o que já foi escrito e como bem disse, profeticamente, Santo Inácio de Loyola: “É melhor uma grei sem pastor do que ter um lobo por pastor”. Enquanto se quer manter discussões com pessoas que só querem tirar o foco da questão (nota-se pelo popular de artigos e textos na internet sobre coisas que nem sequer margeiam o problema em si, tendo como tema principal ataques pessoais) bombardeando honra de terceiros e arrastando à lama nomes de pessoas, o caos vai ficando cada vez pior. Não podemos ficar tocando violino (ou fazendo o jogo de outrem) enquanto Roma pega fogo. Esto vir! Adelante! Acordem! “Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus.” (São Lucas IX, 60). Para tudo neste mundo tem limite, até mesmo a tão almejada (isso é irônico mesmo!) paciência!
Aos amigos que estão fora da Desistência, um conselho: não percamos o nosso precioso tempo, que Deus, Nosso Senhor, Verdade Infalível, há de nos cobrar. Sigamos adiante! Há muitos que esperam por nós. Não gastemos o nosso latim. Quando eu era criança, minha mãe dizia assim: Não gastem suas velas com quem não merece! São Paulo escrevendo a São Tito nos lembra que: “o homem que assim fomenta divisões, depois de advertido uma primeira e uma segunda vez, evita-o”. (grifos meus e não do padre Cardozo)
Se o médico não está bem, receitando medicamentos incompatíveis com a doença criada por ele mesmo, busquemos outros medicamentos e esqueçamos deste médico. Lembrem-se: Deus, Nosso Senhor, Verdade Infalível, disse: Eu sou a VIDA. Por enquanto, não esperemos nada deste médico, porque, conforme diz o Imitação de Cristo, “a Deus pertence aliviar-nos e tirar-nos de toda a confusão”.
Betim/MG, 04 de março de 2.016, festa da Anunciação de Nossa Senhora.
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